Em cada poema tropeçamos, pelo menos, numa pedra.
Também as pedras, à semelhança das palavras, constroem muros e pontes, embelezam, elevam, enlevam ou, discretamente, transmutam...
Aqui respiram e suspiram as pedras, companheiras de todos nós: dos esotéricos, dos estetas e dos céticos.
Seremos nós que as escolhemos ou serão elas que nos acolhem a nós, incondicionalmente, na sua aparente quietude?
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Paradoxo II
Pára com as palavras
odes ao nada
fortaleza de areia
canto de sereia
lirismo de vento
promessa de sustento
diagnósticos quixotescos
de cenários dantescos
esquizofrenias esquisotéricas
em telas etéricas.
Pára.
Traz-me, antes,
um fim para as amnésias
num canteiro de frésias
um pincel por estrear
um motivo para brindar
uma chave secreta
um fado que aquieta
uma maçã já trincada
uma pedra entre nós polida
uma ruga lambida
uma madeixa beijada
um excerto de vida
numa tarde abraçada
E pára!
Pára com as palavras
para seres
o Verbo.
Suzana Guimaraens
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