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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Chama que Arde

Escacha os olhos, franzino.
Perscruta a vertente que te consome.
Estás a ver? Montanha à vista, pequenino.
Subi-la-ás com pedras às costas.
Esquece a força do Obelix, as figuras,
O imaginário.
Tu és real, e se a pedra não o for, ao
Menos exala o masoquismo, teu companheiro
De vida, seu raquítico.
Depois, galvanizado por aquela chama ardente, chamativa,
Sussurrante,
Continuarás na mesma rota,
Já embalado nessa áurea.
E continuarás a subir, a subir,
Carregando a pedra, qual peso específico,
Da chama, que te chama...
Sempre a fugir, sempre a fugir,...



Virgílio Liquito

quinta-feira, 11 de março de 2010

Pois Maria

Pois Maria, quase todas as amarguras não deixam rastos de inimizade. Chorei na serra…, e então, lá no alto, no pico da Freita, urinei ao vento, fluindo-me pelos interstícios dos ventos, por vezes chuvosos.
Os meus cristais, , esses, fluíram, planaram, voaram , raspando em Asa Deltas.
Ao longe, no vale, onde grassam as seculares Pedras Parideiras, os meus líquidos repousaram leve, como o orvalho , naquelas rochas “babentas”.
E chorei naqueles berços de pedra, mas não os colheremos daqui a anos tantos. Sabes, Maria, que o seu microclima, raro na Europa, com os seus musgos, os ditos serão transformados num mosto, jurássico, e, Maria, saberá germinar-me como ovos me repartisse, digo Maria, ao lado das Pedras Parideiras. Então sim, os meus cristais terão todos os paladares vindouros. De facto, Maria, chorei, urinei sal, Morte da minha futura Nostalgia, Maria.



Virgílio Liquito