Deu agora em praticar a desobediência
ante a vontade
tanta
minha.
Cérebro comandante
é ninguém nem nada superior
a exercer poderes vãos.
—Come! —ordena.
O tal como se chovesse,
insubmisso,
águas que lavam lágrimas.
E chove.
Nem suplicando cede.
Está que nem pedra surda e cega,
petar que não comove,
este estômago.
Como se não bastasse
a presença pesada no peito
de latejar manso, lento?
Se calhar é um processo involutivo,
invasivo.
Quem sabe
não vire aos poucos
o sal diluído estátua
e eu seja afinal
a mulher com nome dum outro Ló,
ancorada no passado,
lume e enxofre na olhada,
pés de barro?
Sun lou Miou
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