sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Como Limpar e Energizar os Cristais

Cada cristal tem várias camadas áuricas no seu corpo etérico, assim como os seres humanos. No núcleo mantêm a energia primordial e as restantes camadas são sensíveis ao ambiente que os rodeia. Os cristais são muito sensíveis às influências energéticas, eles vão absorvendo e acumulando na sua estrutura molecular todo o tipo de poluição (electrónica e mental) e desequilíbrios energéticos (energias negativas, emoções,...).

Quanto mais vão acumulando, mais sujos vão ficando, o que vai reduzindo o seu funcionamento e capacidades. Por isso, é conveniente limparmos os nossos cristais, quando achamos que eles se encontram nestas condições. Quando adquirimos um cristal, temos de limpá-lo, pois ele passou por um longo processo e caminho antes de chegar às suas mãos e traz muitas energias de tudo aquilo por que passou. É como quando chega ao fim de um dia de trabalho, cansado, com o stress de tudo aquilo por que passou durante o dia.




Existem muitas formas de limpar um cristal. As seguintes são apenas exemplos.

Pode:

- deixá-lo de molho em água e sal marinho (ou sal grosso), ao ar livre, por um dia ou mais. Se não tiver quintal ou outro espaço para deixá-lo ao ar livre, use o parapeito da janela, para que ele apanhe a energia do sol e da lua (é muito bom, inclusive quando chove).

- deixá-lo enterrado na terra durante pelo menos um dia e uma noite (há quem os deixe por um mês);

- colocá-lo numa drusa/geóde de ametista ou num aglomerado de cristais de quartzo transparente (limpa e carrega);

- lavá-lo num riacho ou nascente de água, no meio da natureza;

- emergi-lo numa mistura de água morna, sal marinho e de vinagre de cidra, por vinte minutos a meia hora;

- envolvê-lo em fumo de incenso como sândalo, cedro ou outros usados para limpeza; certifique-se que todos os lados do cristal são limpos;

- usar a sua respiração: inspire calmamente pelo nariz e expire lentamente para o cristal com a intenção de o limpar;

- usar energia para o limpar, como Reiki, Karuna... Mesmo que não esteja iniciado em qualquer uma destas energias, relaxe, concentre a sua intenção na limpeza do cristal, segurando-o numa mão e, fechando os olhos, visualize um raio de luz saindo da sua outra mão em direcção ao cristal (uma mão por baixo da outra);

- colocar o seu cristal debaixo de água fria corrente (pode ser da torneira, mas melhor será uma fonte de água limpa) e visualizar uma luz dourada ou violeta a sair junto com a água e a limpar e purificar o seu cristal;

- emergir o cristal em sal grosso ou sal marinho durante a noite ou mais tempo.

Existem, portanto, muitas formas de o fazer. Siga a sua intuição e use o método com que se identifica neste momento. Veja o cristal como uma extensão de si próprio e use o método que usaria para se limpar energeticamente a si próprio, aquele que a atrai mais.

Se escolher usar água para limpar o seu cristal certifique-se apenas de que a água não o vai destruir. Se for um cristal de aspecto fibroso ou sedoso, escolha outro método de limpeza. Aliás, procure deixar tanto a água como o sal para limpezas mais profundas quando sabe que não vai danificar o cristal. Veja mais informações na página de cada um dos cristais. Não use, igualmente, recipientes de alumínio para mergulhar os seus cristais.


Para carregar os seus cristais pode, dependendo do cristal:


- colocá-los à Lua Cheia;

- meditar com ele ao Sol (nunca por demasiado tempo, pois pode alterar a sua estrutura molecular)

- deixá-los numa altar ou local de devoção;

- expô-los numa tempestade por 3 horas ou mais;

- colocá-los dentro de uma pirâmide, orientada para o norte magnético;

- usar determinadas cores ou sons para carregá-lo.


Siga também a sua intuição e a sua criatividade. Cada cristal é diferente e poderá usar várias formas de limpeza e energização com cristais diferentes.

Quando limpar e carregar os seus cristais não o faça a pensar no que tem para fazer ao longo do dia, entregue-se a esse momento, com carinho e devoção. Faça-o com intenção de limpar os cristais e a si próprio. Habitue-se a limpar os seus cristais regularmente e repare na diferença entre o antes e o depois.


adaptado de http://www.universodeluz.net

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Pedras e Luz


(http://larryfire.wordpress.com/2008/05/21/)


" - Cada crânio é feito de um só tipo de cristal?
Não. Cada um é de uma estrutura cristalina diferente: quartzo, turquesa, água-marinha, lápis-lázúli, obsidiana, quartzo-rosa, assim por diante. Máscaras também fazem parte dessa unificação planetária de energia, como a máscara de jade de Pacal Votan. O importante é que a Terra se está a deslocar mais e mais em direcção a uma frequência mais alta de Luz, encaminhando-se para a Quarta e Quinta dimensões."


Alberto Beuttenmüller

sábado, 25 de outubro de 2008

"más que un pedazo"





















Para ti nunca fui más que un pedazo
de mármol. Esculpiste en él mi cuerpo,
un cuerpo de mujer blanco y hermoso,
en el que nunca viste más que piedra
y el orgullo, eso sí, de tu trabajo.
jamás imaginaste que te amaba
y que me estremecía cuando, dulce,
moldeabas mis senos y mis hombros,
o alisabas mis muslos y mi vientre.
Hoy estoy en un parque, donde sufro
los rigores del frío en el invierno,
y en verano me abraso de tal modo
que ni siquiera los gorriones vienen
a posarse en mis manos porque queman.
Pero, de todo, lo que más me duele
es bajar la cabeza y ver la placa:
«Desnudo de mujer», como otras muchas.
Ni de ponerme un nombre te acordaste.


Amalia Bautista

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

No Meio do Caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.


Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Amore Multicolore


(Pérola, Pedra-do-Sol, Opalite, Jaspe Dálmata, Olho-de-gato, Amazonite, Ágata, Ametista e Quartzo Rosa)

Que ofício debruçado: polir a jóia extenuante,
multiplicar o mundo face
mais face.
Fazer da imagem uma consciência vária.
O fogo dessa pedra cada vez mais
alerta, preciosa, convulsa, funda, abrasadora.
Trabalhas nela até às unhas.
Trabalhas na atenção aterrada, com que louvor
de obra, irrealmente. As estações da noite, os sistemas
nervosos das avencas do alto,
as plumagens.
E os dias compactos como o leite
guardado nos jarros, ou largos
das sedas estendidas. Passam
unidos todos uns aos outros
nos cotovelos. E lapidas, lapidas. Arrancas-lhe a força
eléctrica. Que a ti mesmo,
nas mãos e na cabeça, no escuro, no levantamento
do ar no sono, te faz desentranhadamente
límpido. O relâmpago
do âmago. Queima-te a vista. E na cegueira fica apenas,
atroz,
o coração da jóia.



Herberto Helder

Outono em Nós


(Olho-de-boi, Olho-de-tigre, Citrino e Cornalina)

Lava & Gelo


(Madre-pérola, Obsidiana-floco-de-neve, Opalite, Jaspe Vermelho, Jaspe Preto, Lápis-lazúli, Aventurina Azul, Coral e Magnesite)

Estátuas irrompendo da terra, que tumulto absorvem?
Os cabelos resplandecem.
Os símbolos que celebram dão à pedra uma tensão, um
desenvolvimento, uma aura.
Em cada uma delas eu abraço uma estrela.
Abraço-a ponta a ponta das mãos
numa só massa transpirada.
Arrebata-me, calcina-me.
O chão é a potência astronómica.
No escuro do ar rebentam floras. A carne única
vibra como uma vara
de baixo
para cima.



Herberto Helder

Devaneio Neptuniano


(Madre-pérola e Pérola)

Prote(c)ção de Cor Pulsante

Inse(c)to de Quíron


(Ametista, Olho-de-tigre, Lápis-lazúli, Jaspe Amarelo, Jaspe-dálmata, Rodonite, Cristal-quartzo, Madre-pérola e Pérola)


Insectos nucleares, cor de púrpura, mortais, saídos reluzindo
de sob uma pedra onde
de que alucinação. Entrando no sono. Devoram uma zona rude e incandescente
não sei se da cabeça.
Uma razão da melancolia, louca
de sangue. Devoram misteriosamente artérias, neurónios, células
deste aparelho de terror e pensamento
onde se apoia a estrela
talhada. E ficam sulfurosos
da substância do sonho. Leves quando arrancam
uma rosa de entre as meninges. Mas as moléculas das imagens
fazem-nos ferozes,
radioactivos.
Minam-me o pesadelo, saem ruivos, ébrios de um ouro
insalubre. E o mundo inteiro cede
ao peso que trazem à membrana entre as coisas
simples e o pavor das coisas
que crepitam.



Herberto Helder

sábado, 27 de setembro de 2008

Tempo de...


(Em minha casa)

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz."

ECLESIASTES 3:1-8



Neste tempo que é de Kaos, em tantos sentidos, sinto que é o momento, neste "aqui e agora", de ir à Terra, ao seu ventre, recolher o que ela tem em si de tão sagrado: Cristais que vibram no Kosmos, que nos contagiam e nos ensinam a reaprender a Paz que sempre habitou as nossas entranhas, que sempre esteve programada nas nossas células e que apenas tem de ser desperta.
Os Cristais, que se formaram ao longo de milénios, estão aqui, entre nós... Sim, estamos a profana-lA, a esventra-lA, mas é tempo de colheita e de alimento, de reequilíbrio e de reencontro.

Dias virão em que poderemos enterra-los de novo e devolver à Mãe o que é dEla. Do mesmo modo que o nosso corpo Lhe pertence e apenas nos foi, provisoriamente, emprestado...


Suzanna

(Ametista, Cristal Quartzo e Quartzo Rosa)

Que eu seja caPaz de ser a Paz...


... E que toda a mudança que eu despolete seja pela via da Paz, sempre no sentido da expansão, da evolução dos seres, do Planeta e do Universo, pela e para a Paz.


Suzanna

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Raquel's III



O altarzinho da Raquel...

Raquel's II



O tabuleiro das pedrinhas dos chakras do Paul e da Raquel... O Paul usa-as. E muito bem, posso afirmá-lo por experiência própria.

Thank you so much, Paul!

Raquel's I



When becoming the stone means changing, and changing means healing...

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Holy Stone


(Nosso Senhor da Pedra)

domingo, 27 de julho de 2008

Um colar de Ametista para a Raquel


(O Colar da Raquel em charging-mode)

People, vamos fazer/ser um colar de Ametista para a Raquel? Uma corrente de cura? Cada um de nós uma pedrinha à volta do seu pescoço, como quem dá as mãos e ora em conjunto?

O colar já existe... Agora só faltamos nós e a nossa energia de cura activada em conjunto.


E porquê de Ametista? Porque é a pedra associada ao seu signo - Peixes - a sua cor predilecta (chamamento in-consciente) e o cristal da transmutação espiritual.

Priminha, guess we're on our way!...

For You, Sweet Raquel of mine!

We have forgotten so much over the years, allow me to "say", over the millenniums...

Remember that time when you felt the scent of a flower for the very first time? Was it the "first" time?

Remember that day when you felt so clearly the reason why you were alive? What has happened in the meantime, since the moment of that pure and lucid perception?

Maybe it's about time we remember... Maybe it's time to change.




American Indian Legend of Crystals

In ancient times, people lived in harmony with Nature. They spoke the same language as the animals and plants. They hunted for food only to satisfy their hunger and needs, always offering a prayer of thanks for what they had taken from Nature.

As time went on, humans lost this innocence and harmony. They took more than they needed. They forgot their prayers of gratitude. They killed animals, and each other, for sport or pleasure.

The Bear Tribe, chief among the animals, called a meeting of all the animals. They decided that something had to be done. The Bears suggested that they shoot back when the humans shot at them, but the bow and arrow required too great a sacrifice, for one bear would have to give up his life so that his sinew could be used for the bowstring. The bear’s claws were too long for shooting a bow
anyway, and would become entangled on the string.

The Deer Tribe offered another method of dealing with the problem. One of their members said, "We will bring disease into the world. Each of us will be responsible for a different illness. When humans live out of balance with Nature, when they forget to give thanks for their food, they will get sick." And in fact the Deer did invoke rheumatism and arthritis; each animal then decided to invoke a different disease.

The Plant Tribe was more sympathetic and felt that this was too harsh a punishment, so they volunteered their help. They said that for every disease a human gets, one of them would be present to cure it. That way, if people used their intelligence, they would be able to cure their ailments and regain their balance.

All of Nature agreed to this strategy. One plant in particular spoke out. This was Tobacco, the chief of the plants. He said, "I will be the sacred herb. I will not cure any specific disease, but I will help people return to the sacred way of life, provided I am smoked or offered with prayers and ceremony. But if I am misused, if I am merely smoked for pleasure, I will cause cancer, the worst disease of all."

The close friends of the Plant Tribe, the Rock Tribe and the Mineral Tribe, agreed to help. Each mineral would have a spiritual power, a subtle vibration that could be used to regain perfect health. The Ruby, worn as an amulet, would heal the heart; the Emerald would heal the liver and eyes, and so on. The chief of the mineral tribe, Quartz Crystal, was clear, like the light of Creation itself. Quartz put his arms around his brother Tobacco and said, "I will be the sacred mineral. I will heal the mind. I will help human beings see the origin of disease. I will help to bring wisdom and clarity in dreams. And I will record their spiritual history, including our meeting today, so that in the future, if humans gaze into me, they may see their origin and the way of harmony." And so it is today.

This is a Cherokee legend, but it has been told in almost every tribe in the Americas. It tells of an ancient time of peace, a mythical homeland known to every culture on Earth. The Native Americans call it the "old way" or the "original way."




"Why use quartz crystals? What is it about them above all other stones that makes them so special?

Quartz crystals have been used since ancient times as powerful healing objects and meditation tools, and to make medicinal elixirs. Wise adepts have long known about their qualities and have used crystals for powerful talismans and amulets. Throughout history people have valued the beauty of quartz crystals and have used them for ornamental decoration. References to crystals are found in both the Old and New Testament, and in many other sacred teachings throughout the world.

How can minerals or stones have any influence or value? It is because there is a consciousness inherent in all forms of matter. Even rocks have their own consciousness! We use these crystals of the mineral kingdom to aid us in attunement with different aspects of ourselves.

Crystals have their own particular vibration of a precise and measurable intensity. This vibration attunes itself to human vibration better than any other gem or mineral. Quartz crystal is used to amplify, clarify and store energy. When you create a thought, you can amplify and clarify it by using a crystal. Quartz has long been recognized for its ability to produce electrical impulses. (Pressure on quartz crystal generates a minute electrical charge called piezoelectricity.)

You can learn how to handle and work with crystals to heal yourself, others, and the Earth. Crystals have long been revered for use in magick, for psychic development, and to see into the "hidden dimensions" that permeate physical reality. It is said that crystal has the ability to rebroadcast energy from the Universal Mind so your "inner self" can pick it up, granting you heightened perception. A crystal is a focus for this knowledge and help, and it magnifies and transmits psychic energies and healing powers.

Crystals have a hexagonal, symmetrical shape. This is a basic form in geometry, physics and atomic theory, and is a universal, perfect form in the structure of matter. The energy that radiates from clear quartz, the piezoelectric effect, amplifies healing abilities.

As a rose has been called the most perfect representation of beauty in the plant kingdom, the quartz crystal is the essence of perfection in the mineral kingdom.

The use of any form of quartz crystal will benefit you. What can you do with these gemstones and crystals to help yourself? Meditate with them. Place them on a part of your body that needs healing. Carry them around in your pocket. Wear them as jewelry or use them as a keychain. Sleep with them under your pillow. Put them on your desk, kitchen table, coffee table, anywhere that you will be near them and enjoy the benefits of their vibrations. They are just like a good
friend—one whose companionship you delight in. Love them. Look at them. Enjoy them. They help you by their very presence. It’s a gift they freely and lovingly give to you."


Phyllis Galde


Once we choose the "believe-mode", it’s better that it’s not only on an esthetical or emotional basis, just because it sounds sweet or poetic. It should, it must become ourselves… From the inside out. No more questions needed, because there are no more questions. If we don’t believe, we might as well forget about stones. Just let them be and choose another path. There are so many. The Universe is infinitely generous...

I write down these words as if they were to myself. To keep on reminding me. I share them here because I feel they mirror my beliefs and reflect them towards different people with different points of view, whom may be expanded by this sharing. Somehow, sharing at this level, means courage since it exposes inner beliefs that may sound silly to many. But I’m not ashamed. I simply share them as if I put water in a glass and only those who are thirsty will drink it. As simple as drinking water…My beliefs based upon my experiences translated into words.

Does it sound too awkward saying: “Be the stone”…? :D


Suzanna

sábado, 26 de julho de 2008

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Para que até das pedras floresça Amor...

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domingo, 29 de junho de 2008

Os Chakras e as Pedras


Assim como os florais, as pedras emitem vibrações de determinada frequência, com as quais podemos sintonizar-nos chakricamente para diversas finalidades, iniciando uma verdadeira alquimia interna.
Conciliando com a meditação e a oração, é possível alterar estados negativos e encontrar soluções para diversas situações.
Qualquer um de nós pode usar uma pedra para mudar um quadro depressivo, adquirir mais empenho no trabalho, melhorar a sua expressão ou potencializar os seus rituais pessoais...

Muladhara


1 - O chakra básico fica situado na direcção da base da coluna, bem acima dos órgãos de reprodução. Relaciona-se com a parte inferior do corpo, os pés, o ancoramento e os instintos físicos. É a casa da energia Kundalini adormecida, a força criativa do Kosmos. É através dele que “plantamos” os nossos pés no chão e nos relacionamos com o mundo físico. O seu elemento é Terra. A sua cor é o vermelho e as pedras que com ele se relacionam são vermelhas, marrons, cinzas, pretas ou multicoloridas (como a Granada ou o Quartzo Fumado).
O seu mantra é lam.

Svadisthana


2 - O chakra sexual situa-se três a quatro centímetros abaixo do umbigo, e trabalha com a energia sexual e a criatividade. É ligado também à produção da adrenalina, e ao amor do homem pela Terra e pela Natureza. Tudo que criamos na nossa mente activa-se para manifestação através deste centro de energia. Fisicamente rege os órgãos sexuais. A sua cor é laranja, assim como a das pedras que lhe correspondem (como a Ágata Cornalina).
O seu mantra é vam.

Manipura


3 - Este chakra do plexo solar localiza-se de quatro a seis centímetros acima do umbigo. Controla toda a nossa energia emocional e é fortemente ligado ao Ego individual. Fisicamente rege o aparelho digestivo. Não é por coincidência que problemas emocionais sempre causam problemas digestivos. A emoção e a digestão estão intimamente ligadas. A cor do terceiro chakra é o amarelo e ele associa-se directamente ao pâncreas. As pedras associadas são de cor amarela (como o Citrino).
O seu mantra é ram.

Anahata


4 - O chakra cardíaco localiza-se no centro do peito, entre os mamilos, ao nível do xifoíde. É associado ao timo e é nele que se concentra a energia do Amor Incondicional, a nossa fonte vital. É responsável também pela saúde e vitalidade do corpo físico, o coração e os pulmões. A sua cor é o verde, e as pedras a ele associadas são verde - representando a cura e a energia vital - ou cor-de-rosa - representando o Amor (como a Aventurina, o Quartzo Verde e o Quartzo Rosa).
O seu mantra é yam.

Visshuda


5 - O chakra laríngeo situa-se na região da garganta e associa-se à tiróide, que por sua vez está ligada ao metabolismo do corpo. Este centro energético é responsável pela verbalização, pela comunicação da nossa verdade interior e pela respiração. Fisicamente rege a garganta, a laringe, a boca e o nariz. É através desse chakra que purificamos as nossas energias. A sua cor é o azul, assim como a das pedras que aí trabalham (como o Quartzo Azul e a Turmalina Azul).
O seu mantra é ham.

Ajna


6 - O chakra frontal está localizado entre as sobrancelhas, e é também conhecido como Terceiro Olho ou terceira visão. Associa-se também com a glândula pituitária e é responsável pela nossa concentração, memória, imaginação e visualizações. Pode-se compará-lo ao computador que registra no nosso cérebro as informações e sensações recebidas através do chakra coronário, para que possamos compreendê-las e dar-lhes forma através de pensamentos ou imagens. A sua cor é o índigo (azul anil), e as pedras que trabalham com esse centro energético têm também esta cor (como a Sodalite e o Lápis-lazúli).
O seu mantra é om.

Sahasrara


7 - O chakra coronário situa-se na cabeça, no centro, e é também conhecido como a Coroa. Relaciona-se com a glândula pineal. A sua cor é o violeta, e está directamente ligado à espiritualidade, ao contacto com o Eu Superior, à canalização e à meditação. Fisicamente, rege a nossa cabeça e o sistema nervoso central. É através do chakra coronário que entram no corpo as energias de transmutação, purificação e espiritualidade. As pedras que trabalham no sétimo chakra são as de cor branca transparente (incolores), dourada e violeta (como a Ametista).
Não tem nenhum elemento ou mantra associado.

AS MUSAS CEGAS

"(…)

V

Esta linguagem é pura. No meio está uma fogueira
e a eternidade das mãos.
Esta linguagem é colocada e extrema e cobre, com suas
lâmpadas, todas as coisas.
As coisas que são uma só no plural dos nomes.
- E nós estamos dentro, subtis, e tensos
na música.

Esta linguagem era o disposto verão das musas,
o meu único verão.
A profundidade das águas onde uma mulher
mergulha os dedos, e morre.
Onde ela ressuscita indefinidamente.
- Porque uma mulher toma-me
em suas mãos livres e faz de mim
um dardo que atira. - Sou amado,
multiplicado, difundido. Estou secreto, secreto-
e doado às coisas mínimas.

Na treva de uma carne batida como um búzio
pelas cítaras, sou uma onda.
Escorre minha vida imemorial pelos meandros
cegos. Sou esperado contra essas veias soturnas, no meio
dos ossos quentes. Dizem o meu nome: Torre.
E de repente eu sou uma torre queimada
pelos relâmpagos. Dizem: ele é uma palavra.
E chega o verão, e eu sou exactamente uma Palavra.
- Porque me amam até se despedaçarem todas as portas,
e por detrás de tudo, num lugar muito puro,
todas as coisas se unirem numa espécie de forte silêncio.

Essa mulher cercou-me com as duas mãos.
Vou entrando no seu tempo com essa cor de sangue,
acendo-lhe as falangetas,
faço um ruído tombado na harmonia das vísceras.
Seu rosto indica que vou brilhar perpetuamente.
Sou eterno, amado, análogo.
Destruo as coisas.

Toda a água descendo é fria, fria.
Os veios que escorrem são a imensa lembrança. Os velozes
sóis que se quebram entre os dedos,
as pedras caídas sobre as partes mais trémulas
da carne,
tudo o que é húmido, e quente, e fecundo,
e terrivelmente belo
- não é nada que se diga com um nome.
Sou eu, uma ardente confusão de estrela e musgo.

E eu, que levo uma cegueira completa e perfeita, acendo
lírio a lírio todo o sangue interior,
e a vida que se toca de uma escoada
recordação.

Toda a juventude é vingativa.
Deita-se, adormece, sonha alto as coisas da loucura.
Um dia acorda com toda a ciência, e canta
ou o mês antigo dos mitos, ou a cor que sobe
pelos frutos,
ou a lenta iluminação da morte como espírito

nas paisagens de uma inspiração.
A mulher pega nessa pedra tão jovem,
e atira-a para o espaço.
Sou amado. - E é uma pedra celeste.

Há gente assim, tão pura. Recolhe-se com a candeia
de uma pessoa. Pensa, esgota-se, nutre-se
desse quente silêncio.
Há gente que se apossa da loucura, e morre, e vive.
Depois levanta-se com os olhos imensos
e incendeia as casas, grita abertamente as giestas,
aniquila o mundo com o seu silêncio apaixonado.
Amam-me; multiplicam-me.
Só assim eu sou eterno."



Herberto Helder

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Paradoxo II





Pára com as palavras
odes ao nada
fortaleza de areia
canto de sereia
lirismo de vento
promessa de sustento
diagnósticos quixotescos
de cenários dantescos
esquizofrenias esquisotéricas
em telas etéricas.

Pára.

Traz-me, antes,
um fim para as amnésias
num canteiro de frésias
um pincel por estrear
um motivo para brindar
uma chave secreta
um fado que aquieta
uma maçã já trincada
uma pedra entre nós polida
uma ruga lambida
uma madeixa beijada
um excerto de vida
numa tarde abraçada


E pára!
Pára com as palavras
para seres
o Verbo.


Suzana Guimaraens

quarta-feira, 26 de março de 2008

Busca Nocturna


(Pregadeira/ medalhão: Busca Nocturna)

Prospecção

Não são pepitas de oiro que procuro.
Oiro dentro de mim, terra singela!
Busco apenas aquela
Universal riqueza
Do homem que revolve a solidão:
O tesoiro sagrado
De nenhuma certeza,
Soterrado
Por mil certezas de aluvião.
Cavo,
Lavo,
Peneiro,
Mas só quero a fortuna
De me encontrar.
Poeta antes dos versos
E sede antes da fonte.
Puro como um deserto.
Inteiramente nu e descoberto.


Miguel Torga

Beijo frio em boca rubra, florida


(Pregadeira/ medalhão: Beijo frio em boca rubra, florida)

Quero adormecer na tua língua
como um fruto um beijo um poema
Quero atravessar a seara ondulada de vento
e assinalar a boca rubra das papoilas
Quero dizer-te o mar de cobalto que há no meu peito
penetrar contigo florestas de lilases
arremessar-me à praia
ser uma pedra
dentro da tua mão fechada
ao amanhecer.


Rosa Lobato de Faria

Órbitas Semi-Preciosas


(Pregadeira/ medalhão: Órbitas Semi-preciosas)


Carência

(…)
Estes ossos brilhando na noite,
estas palavras como pedras preciosas
na garganta viva de um pássaro petrificado,
este verde muito amado,
esta lã quente,
este coração só misterioso



Presença
a tua voz
neste não poderem sair as coisas
do meu olhar
elas desapossam-me
fazem de mim um barco sobre um rio de pedras
se não é a tua voz
tu desatas-me os olhos
e por favor
que me fales
sempre.


Alejandra Pizarnik